Capitulo 4
Quando percebi o sol já se punha, havia me perdido sem perceber nos braços de meu amado.
‘Acho melhor eu ir, está ficando tarde. ’
‘Tudo bem. ’ – Eu respondi manhosa.
‘Ei! ’ – Ele disse levantando minha cabeça com as mãos.
‘Eu não vou te deixar. Logo a noite vai passar e eu volto. ’ – Ele completou.
‘Ta bom! ’
Ele me beijou delicadamente, parecia que ele tinha medo de me quebrar, sei lá. Seus lábios encontraram os meus com muita suavidade, e ele ficou a depositar selinhos neles. Quando ele terminou me olhou com um sorriso.
‘Tchau... ’ – Ele disse num sussurro e se foi.
Eu fiquei perdida em minhas lembranças no balanço.
Eu amava tanto o jake e sabia que ele também me amava. E cada beijo, cada toque dele só aumentava esse amor.
Tentava me lembrar de cada misero detalhe do meu dia com ele. Eram tantas coisas, tantos sentimentos, que eu ficava a flutuar pelo espaço, perdida no meio de minhas lembranças.
‘Renesmee... Entre! Está ficando frio! ’ – Era a voz de Esme.
Obedeci e entrei.
Todos já estavam de volta e eu nem havia percebido quando eles haviam chegado.
Jasper era o mais próximo de mim, ele estava encostado na parede a ler um livro com o titulo ‘Zona morta, o poder do celebro. ’
‘Que livro é esse tio? ’ - Eu perguntei.
‘É de um psicólogo latino, ele faz experiências para ter acesso a zona morta do cérebro humano. Sabia que nem os vampiros tem acesso a essa parte do celebro.’
‘Hum... Mais o que essa parte faz? ’
‘Ele acredita que ela pode controlar muito melhor as emoções. Eu e Caliste acreditamos que é lá que os poderes ficam escondidos, conforme você amadurece esses poderes se desenvolvem, mais ninguém nunca chegou a saber quanto poder essa zona tem. ’ – Ele disse fechando o livro e o colocando em cima da mesa.
Jasper foi até Alice e deixou o livro lá.
Achei interessante, quem sabe se lendo esse livro eu conseguiria desenvolver meus poderes.
Discretamente peguei o livro e comecei a folhear as paginas. Era um livro até interessante, parei na pagina que tinha o desenho do cérebro e mostrava bem onde ficava essa tal zona morta. Era na parte inferior do canto esquerdo do cérebro e tinha umas coisas escritas no canto, que diziam que com muita força de vontade e esforço poderia se ter acesso a essa zona.
‘Jasper? Posso levar esse livro? Te trago ele amanhã. ’
‘Pode sim Renesmee. ’
‘Você já quer ir minha filha? ’ – Mamãe me perguntou.
‘Podem ficar eu não ligo de ir sozinha. ’
‘Tudo bem, então cuidado. ’
‘Boa noite. ’
‘Boa noite. ’ – Todos responderam juntos.
Chegando em casa fui direto para o meu quarto.
Me sentei em minha cama e abri o livro numa pagina de exercícios de concentração.
Lá dizia para me concentrar muito em uma coisa e tentar realizar com a mente o que eu queria.
Me concentrei no controle que estava a minha frente e tentei faze-lo se mover. Me esforcei ao maximo, mas não consegui.
Talvez esse não fosse o meu poder.
Me sentei na cama e continuei a ler o livro.
Ele era tão interessante que perdi a noção do tempo. Quando me dei por mim novamente estava deitada corretamente em minha cama, coberta.
O sol entrava pela janela e o livro estava na escrivaninha ao lado de minha cama.
Me levantei e fui para meu banho. Na janela do banheiro havia um passarinho, desejei que ele cantasse e me concentrei nisso. Logo ele cantou, mais percebi que era porque sua parceira havia chegado.
Logo terminei meu banho e fui ate a sala.
Mamãe e papai estavam na mesa a ler jornal.
‘Bom dia minha filha, lhe fiz panquecas. ’ - Mamãe disse.
Me sentei na mesa e ela me serviu.
‘Alguma noticia boa? ’ - Eu perguntei.
‘Nenhuma que fala a pena comentar. ’ - Papai me respondeu.
‘Nós vamos caçar hoje, você quer vir? ’ - Ele completou.
‘Quero sim. Vou levar o livro para Jasper e vamos pode ser? ’
‘Pode sim. Algum sucesso no desenvolvimento de seu cérebro? ’
‘Não, talvez seja só uma teoria mesmo. ’
Papai riu.
Fomos para casa de Caliste.
‘Toma Jasper. ’
‘Conseguiu fazer alguma coisa? ’ – Ele me perguntou.
‘Não talvez seja só uma teoria mesmo. Mas obrigada mesmo assim. ’
‘De nada nessie ’
‘Ou talvez você ainda seja muito nova para tentar psicologia. Você poderia tentar começar por direito, tenho certeza que os seus pais e sua tia podem lhe ensinar. ’ - Caliste disse me dando um beijo.
Papai, mamãe e tia Rose eram formados em direito.
Lógico que te ensinamos, é só você querer. ’ – Papai falou.
‘Eu quero sim. ’
‘Tudo bem, mais agora vai caçar? ’ – Jake disse.
Nem havia percebido que ele havia chegado.
Papai, eu, mamãe, jake, Rose e Emmett fomos caçar.
Ao sair reparei porque não havia percebido a chegada de jake, ele não estava de carro, devia ter vindo como lobo.
‘Bem... Que se inicie a caçada. ’ – Emmett disse correndo para a floresta.
Logo todos, em inclusive eu, estávamos seguindo seu exemplo.
Jake corria ao meu lado ao meu lado em forma de lobo.
Senti minhas narinas inflarem e o ardor de minha garganta tomar conta de meu corpo.
Havia alguns veados passando por perto. Sem pensar duas vezes, me atirei por cima do primeiro que vi. Senti minha sede ser saciada e todo o ardor desaparecer. Senti o sangue quente correr por minha boca entrando em todo o meu corpo, até não haver mais sangue no animal.
Me levantei e notei que todos haviam feito o mesmo, até jake tinha atacado um veado. Ele me olhava como se estivasse sorrindo entre sua pele de lobo. Ele se aproximou e esfregou sua cabeça em meu ombro, me forçando a lhe fazer carinho.
Ele se deitou no chão e me olhou como se quisesse alguma coisa.
‘Ele quer que você suba nas costas dele. ’ – Papai falou.
Sorri para jake e me sentei delicadamente sobre ele que com um impulso se levantou e começou a correr.
Me agarrei em seus pelos tomando cuidado para não machuca-lo.
Logo chegamos a um campo florido, ele parecia à clareira, mas esse era mais florido e tinha um lago.
‘Jake que lindo! ’ – Eu disse descendo de suas costas.
Ele se aproximou e me lambeu.
Não entendi por que mais ele começou a correr de um lado para o outro, como se quisesse brincar de pique - pegue. Comecei a correr também de um lado para o outro, com ele logo atrás de mim querendo me pegar. Até que ele conseguiu, só que ele me tocou com muita força, me lançando assim no rio.
Ele me olhou assustado, como se perguntando se havia me machucado, com se perguntasse se eu havia me machucado.
Foi quando comecei a rir.
Ele se lançou na água me tirando dela. Quando ele o fez o frio me trincou a pele me fazendo tremer.
Ele me colocou no chão me forçando a deitar e assim se deitou sobre mim me esquentando. Me acomodei entre suas patas e seu peito ficando de forma confortável.
Ficamos assim por muito tempo, até que minhas roupas já estavam quase secas. E então ele se levantou e foi até as árvores, fazendo assim eu o perder de vista. E retornou em forma humana devidamente vestido.
‘Desculpa, eu não fiz por querer. ’ – Ele disse me abraçando.
‘Tudo bem, eu sei. ’
Nós nos sentamos na beirada do lago e ficamos abraçados a olhar os peixes.
Tinha uns cinzas de listras vermelhas que seguia nossos dedos.
Retornamos a casa de Caliste apostando corrida.
‘Eu ganhei! ’ – Eu disse.
‘Só porque eu deixei. ’
‘Ah... Ta! ’
Quando estava quase entrando ele me segurou pelo braço.
‘Nessie eu já vou, tenho que ajudar o Billy. ’
‘Ta bom. ’ – Eu disse o beijando.
E assim ele se foi.
Entrei em casa e todos estavam lá.
‘Quer começar as aulas? ’ – Tia Rose me perguntou.
‘Ta bom. ’
Ela troce um grosso livro.
‘Eu vou te ensinar sobre tipos de crimes que existem, seu pai vai lhe ensinar sobre a lei e sua mãe como se deve aplicar a lei e sobre os cargos existentes. ’ – Ela disse se sentando ao meu lado.
‘Bom... Existem muitos crimes, tem os homicídios que se dividem em qualificado, culposo, duplo homicídio... ’
E assim ela seguiu, existiam tantos tipos de crimes, Tinha alguns mais leves e outros fortes. Se eu decidisse seguir essa carreira esperava sinceramente nunca me deparar com eles.
A aula de Rose seguiu até a noite quando Caliste a interrompeu.
‘Por hoje chega Rosalie, a Renesmee tem que descansar, amanhã vocês continuam. ’
‘Ta bom. ’ – Ela disse dando um beijo no alto da cabeça.
Me levantei e me deitei no colo de meu pai que estava no sofá.
Havia adorado a aula, direito era fascinante, mais havia lido tanto que estava cansada.
Sem perceber adormeci no colo de meu pai, que me carregou até em casa.
Acordei no outro dia e mamãe já estava na sala com mais livros preparados para mim.
‘Bom dia, hoje que vai te ensinar sou eu. ’ – Mamãe disse com um sorriso no rosto.
Me sentei ao lado dela e ela começou.
‘Existem muitos cargos nesse curso. Tem a advocacia, a promotoria, a procuradoria, tem juizes, os delegados, os chefes de Estados, os chefes de suprema corte e muitos outros. ’
‘E o que esse tal chefe de suprema corte faz? ’
‘Ele meio que manda um pouco em tudo, ele diz quem vai ser julgado, se alguém vai ser deportado tem que passar por ele... ‘
Havia gostado desse cargo, chefe de suprema corte, até o nome inspirava poder.
“Para aplicar a lei, você deve a conhecer bem, e principalmente saber julgar todos os fatos. Aristóteles, um famoso filósofo disse em seu tempo que a lei é a razão sem paixão.” Jake não veio hoje e a aula durou quase todo o dia, só paramos lá pelas quatro horas e eu fui para o meu quarto pesquisar mais sobre “chefe de suprema corte”.
No dia seguinte era domingo e eu não teria aula, decidi então que iria até a casa de Jake. Me levantei e me vesti de forma que fiquei linda. Fui até a sala, onde mamãe e papai estavam.
“Eu vou até La Push hoje, tudo bem?”
“Ta bom minha filha.” Mamãe disse.
Fui até a casa de Carlisle pegar meu carro, não estava a fim de correr. Cheguei lá, Emmett estava na garagem.
“Oi tio.”
“Oi Nessie, e aí o que você vai fazer hoje?”
“Eu vim pegar meu carro para ir para La Push.”
“Ai já vai ver aquele cachorro de novo.”
“Vou sim.” Eu disse entrando no carro e dando a partida.
“Cuidado então.” Ele disse antes de eu sair da garagem. Sorri e dirigi para a estrada.
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